quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Felicidade Clandestina

Saí da faculdade cedo. Mais cedo do que o cedo de costume. O ônibus demorou muito. Mais do que a demora de costume. Mas tudo bem, essa rotina é novidade e nada é costume ainda.
Pulamos do ônibus no cruzamento da Fradique com a Teodoro Sampaio, eu e Lia, somente há alguns passos do apartamento. Alguns passos esses que incluiam uma padaria, algumas lojas e um sebo. Depois do almoço e de afazeres domésticos, tais quais supervisionar a montagem da cama da Lia, decidimos voltar ao sebo. E foi assim, num sebo antigo, entre livros velhos amontoados pelos cantos, ouvindo músicas mais velhas ainda e discutindo um pouco de filosofia, que Lia e eu passamos uma tarde deliciosa na cidade, achando tudo aquilo o máximo.
Enquanto olhávamos embasbacadas para o céu cinzento de São Paulo, percebemos o quanto estávamos felizes por simplesmente estar ali. Uma na companhia da outra. Por conta própria. Com anos pela frente e a cidade inteira sob os pés.Sentadas na padaria da esquina, comendo um pão com manteiga na chapa e tomando café-com-leite em copo de vidro. Esse, hoje, é o gosto da independência. Demos risadas e fizemos planos para o futuro. Nosso futuro, que está apenas começando.


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Morte ao Tamanho Único.

Tenho certeza de que já acontece com você também. Viu aquela blusa maravilhosa na vitrine, se apaixonou, e quando entrou na loja procurando o seu tamanho, ouviu de alguma vendedora magérrima - com cara de quem comeu, não gostou e vomitou - que aliás usa uma blusa igualzinhaa que você quer; "Essa aqui, só tamanho único".
Por que é, afinal de contas, que alguém invnta um tamanho que seja único? As chances de alguém ficar bem nele caem significantemente. A não ser é claro que você seja o manequim da vitrine. Ou a vendedora mal-humorada. Neste caso, a blusa cairá perfeitamente bem, e você será o centro das atenções. Mas não é o seu caso. Em você, essas blusas estarão sempre muito compridas, ou curtas demais, apertando aqui e sobrando ali.
Tentam fazer com que todos tenham a mesma aparência, sendo P, M, G ou GG. Vem cá, posso contar um segredo? Não vai acontecer. Somos diferentes é isso é fato. Não adianta nem mesmo tentar vestir todos nós em sacos de batatas. Eles certamente cairão melhor em uns do que em outros.
Então porque não desistir logo dessa história de único, e viver o múltiplo?! Viva a diversidade saudável! Viva o PP, o P, o M, G, GG, GGG...