quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Fim de Ano

Fim de ano é quase como fim de festa. Tem o Natal, que seria o equivalente as músicas antigas, que apesar de meio cafonas, todo mundo dança, e adora. Mas tem também todas aquelas coisinhas inconvenientes que rolam quando as luzes se acendem.
Fim de ano, por exemplo, é sinônimo de amigo secreto. Amigo secreto é sinônimo de qualquer coisa que ficará guardada na gaveta dos fundos pelo resto de suas vidas.
Fim de ano também é sinal de trânsito intenso pelas ruas da capital, shoppings igualmente intransitáves e a fila do supermercado que dá a volta no quarteirão.
Fim de ano é época de pegar aquela listinha de resoluções e descobrir que você não fez absolutamente nada do que prometeu ano passado. Não perdeu peso, - pelo contrário, engordou - não mudou de emprego, não manteve suas coisas organizadas, e até a namorada que você tinha te trocou por outro. E queira ou não, é hora de se preparar para o próximo ano.
Então, mesmo quando as luzes se acendem e você percebe que bebeu demais, que talvez não devesse ter roubado aquele beijo, que se arrepende de algumas escolhas que fez, que não anda bem de grana, nem de saúde e nem de relacionamento, quando você se dá conta de tudo isso, se inicia a contagem regressiva.

Dez ... Nove ... Oito ... Sete ... Seis ... Cinco ... Quatro ...Três ... Dois ... Um ... Feliz Ano Novo!


Você já se esqueceu de (quase) tudo o que lhe afligia, e o que sobra são as esperanças de um novo ano que acaba de começar.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Papai Noel Existe?

Acreditar é uma coisa, existir de fato é outra. Devo dizer que a meu ver, o caso do Papai Noel engloba as duas coisas.
Primeiro, é preciso acreditar.
Você pode ter cinco, vinte e cinco ou cinquenta anos, se você não acreditar em Papai Noel,o Natal continuará sendo uma data comercial, criada por multinacionais perversas, onde tudo o que importa são os presentes embaixo da árvore e a comida em cima da mesa.
Por outro lado, se você quiser acreditar, encontrará provas mais do que suficientes de que ele um dia existiu, e que São Nicolau, Kriss Kringle, Father Christmas, Santa Claus, Kerstman, Grandfather Frost, Babbo Natale ou como você prefira chamá-lo, ainda existe, e está em toda a parte.
Seja lá como for, a questão é que ninguém no mundo seria capaz de provar sua inexistência. Logo, é difícil deixar de acreditar numa coisa que em hipótese nenhuma é mentira, estou enganada?
Assim como acreditar em Deus é escolha própria, mesmo não havendo no mundo quem consiga provar sua inexistência. Está certo que tampouco provam o contrário, mas então é aí que entra a fé. E com o Papai Noel é a mesma coisa.
Então, daqui há dez ou quinze anos, quando minha filha vier me perguntar se Papai Noel existe, estarei pronta para responder.

"Papai Noel é tão real quanto as fadas que dançam no jardim, os duendes que somem com suas coisas, a fada dos dentes, as bruxas, o coelhinho da páscoa", direi. "Ele é tão real quanto o amor, o carinho, a fé, a esperança...  Não acreditar em Papai Noel é como não acreditar em nada disso. Poderíamos, se você quiser, ficar acordadas a noite toda, esperando embaixo da chaminé. Ele não apareceria. E o que isso provaria? Talvez ninguém consiga ver o Papai Noel, mas isto não significa que ele não exista. Você pode acreditar no que quiser, mas se vier me perguntar, eu direi: Eu acredito em Papai Noel."

sábado, 26 de dezembro de 2009

Questões Existenciais...

... da época Natalina.

Sentada na mesa da cozinha, olhava aquele frango rechonchudo e pelado na minha frente enquanto tentava descobrir qual seria o melhor jeito de fazer aquilo. Então quer dizer que eu tinha que enfiar minha mão ali e depois... Bem, uma mulher tem de fazer o que uma mulher tem de fazer, mãos à obra, pensei.
Enquanto desossava aquele frango digno de filmes de comédia, começei a pensar sobre coisas que costumam nos afligir na época do Natal. O que é que eu vou comprar de presente pro filho da vizinha? Como era mesmo aquela receita de doce da vovó? Será que se eu comer aquele bolo de frutas eu vou sair muito da minha dieta?
E entre outros pensamentos importantes dessa época natalina, o que me sensibilizou foi: Papai Noel existe?
Quero dizer, quando é que ficou convencionado que Papai Noel surgiria em meados de novembro como esperança e forma de chantagem para criançinhas ao redor do mundo, e desapareceria em dezembro com a promessa de um ano melhor?
Devo confessar que desde criança fui condicionada a acreditar em fadas que dançam no jardim, duendes que somem com as minhas coisas, a fada dos dentes, bruxas - por quem eu sempre tive especial admiração, mas principalmente no coelhinho da páscoa, que é muito meu amigo, já que eu nasci em abril, e no Papai Noel.
Quando lá pelos sete anos começei a desconfiar que seria um pouco inviável para um senhor de seus 80 anos viajar pelo mundo intiro em uma noite, descer pelas chaminés - ou escalar pelas janelas de um prédio, como era o meu caso - e entregar todos os presentes de Natal bem a tempo, fiquei ligeiramente desapontada. Porém, contrariando especialistas que desencorajam os pais a ensinarem os filhos a crer em sua existência por ser uma mentira elaborada e eticamente incorreta, minha mãe continuou enfeitando a casa, montando a árvore e lembrando-me de escrever uma cartinha todos os anos.
Decidi que acreditar ou não dependia somente de mim. E pensando bem, as pessoas acreditam em cada coisa hoje em dia...

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal!

Acabei não postando nada nessas últimas semanas, pré-natal, justo as que costumam ser as mais produtivas pra mim. Entretanto, depois da mudança da Fuvest, da gripe do porco, das aulas de sábado, do enem ser roubado, negociado e abduzido, depois de estudar pra caramba, de todos os vestibulares serem remancados, de passar de ano direto, e finalmente, depois de largar os livros e entrar na faculdade, tenho  tido um tempinho pra ler, descansar e frequentar muito a cozinha.
Hoje em especial. Por mais estranho que possa parecer, algumas idéias bacanas me apareceram às quatro da tarde, enquanto desossava o frango. Escreverei sobre elas em breve.

E enquanto 2010 não chega, eu desejo um Feliz Natal a todos vocês.
Que Papai Noel seja compreensivo, afinal, é quase impossível ser bonzinho o ano inteiro, mas todos merecemos presentes.