sábado, 21 de junho de 2008

Pensar é Transgedir

Quando menos se espera ele chega. Sorrateiro, muito quieto. E se apodera da gente.

Pode ser no trânsito, numa noite sem estrelas, escovando os dentes ou simplesmente quando estamos à toa. Pode ser na hora da droga, ou do sexo. Podemos ser invadidor por pensamentos bêbados, insanos, absurdos e imensos, que não fazem sequer o o menor sentido, mas poéticos enfim, ilustram nossa vã filosofia de momento.
E assim, desprepadados, paramos diante da magia e da ínfima divagação dos pensamentos. é como uma sala imensa, cheia de portas, e em cada porta, uma possibilidade, e em cada possibilidade, um desdobramento.
E como eu adoro esse infinito exercício, que é o do pensar. Pensar e registrar, pensar e esquecer, pensar e transgredir. Pensar é transgredir, como ensina Lya Luft, e transgredindo eu vou escrevendo, numa infinidade de desdobramentos malucos.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Água Viva

Ela queria apoderar-se de tantas coisas... Eu não. Queria somente o fluxo. Queria senti-lo passando por cada parte de mim. Passando e levando consigo o que se há para absorver. E é justamente quando um pensamento solto é pego de surpresa. É só isso que eu queria. Mas ela não. Queria tantas outras coisas, e instantes, e intensidades. Queria uma eternidade, uma infinidade, e o fim. Se ela queria; queria e ponto. Mas, tampouco eu queria só o fluxo, e verdade seja dita. Queria o fluxo e a genialidade, queria o fluxo e a essência, queria a genialidade. Queria o fluxo e o perfume, queria o olhar e a presença de Clarice Lispector.

Mas não tive. Nem mesmo o fluxo. Num instante estava, e no outro já se fora. Sabe, não deve ser fácil viver de instantes-já. Quando se tem a consciência de vivê-los, já se foram. Então, deixo-a com os instantes-já da vida, e vivo eu de pausas. E assim, vou saboreando o tempo ao máximo, e posso ver minimamente o bater das asas de um beija-flor pelo vidro do jardim de inverno.

domingo, 8 de junho de 2008

Não é Sopa!

O título pode ser meio aleatório (ou não), mas o fato é que encontrei temas em comum em quase tudo o que escrevo. Amor e Comida. Só amor (não raro), ou só comida. Enfim, agrupados aqui, meus textos sobre estes dois temas. Às vezes me falta tema pra atualizar o blog, às vezes falta na geladeira matéria-prima pra redigir os textos, e às vezes o que falta mesmo é paciência ou criatividade. Mas invariavelmente as ideias acabam surgindo, e ocasionalmente escrevo alguma coisa. Se estiverem por aí, podem sentar-se à mesa, guardanapos ao colo e Bon Apétit!