segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Capítulo Primeiro - Comam Chocolate!

da saga sobre comida


Chocolate pode ter gosto de uma infinidade de outras coisas – e este é um detalhe que poucos conhecem. Eu acredito que é justamente por esta característica única que muitas pessoas simplesmente amam chocolate e não sabem o porquê. E olha que digo com propriedade. Filha de quem foi por muitos anos dono de uma fantástica fábrica de chocolates (a antiga Chocolates MonteVerde), nasci em abril, dentro de um ovo de páscoa.
Experimentei chocolate que tinha gosto de infância: um Papai Noel imenso, de chocolate ao leite, que era quase do meu tamanho. Munida de um socador de limão e acompanhada de minha melhor amiga, levamos a tarde inteira para transformar aquela escultura de chocolate em pedacinhos que cabiam na palma de nossas mãos que, naquele tempo, eram bem pequenas. Provei de chocolate que tinha sabor, aroma e textura de puro romance. Veio como manda o figurino, acompanhado de flores, ganhadas do namorado.
Tem também chocolate que é salva-vidas, nosso refúgio na TPM.
Chocolate de qualquer tamanho e formato, em qualquer quantidade, vai sempre ter a dose exata do que quer que precisemos. Não importa que faça um dia feio do lado de fora da janela, aqui dentro, comendo chocolate, tudo parece lindo. Chocolate é uma salvação concreta, um refúgio, um conforto.
Coma chocolate, olha que não há metafísica no mundo senão chocolates, já dizia Fernando Pessoa.

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