domingo, 6 de julho de 2008

Sobre o Amor

E se essa história de amor fosse uma grande conspiração?

O amor é vendido a nós, público pagante, pagão, através de livros, de histórias românticas, de filmezinhos água com açúcar, da televisão. Em sumo, virou uma marca comercial. Mais fajuto do que a fada-dos-dentes, o amor tem até o seu próprio dia, o "Dia Dos Namorados", criado exclusivamente para vender tudo "para dois", para fazer com que nós, os singles, ímpares, únicos, exclusivos, que sempre nos achamos tão especiais e auto-suficientes nos sintamos assim, um tantinho mais deprimidos.
E são datas como essa e tantas outras que tentam definir o Amor - e várias outras palavras abstratas - e caracterizá-lo, para que, com uma imagem mais concreta, você possa encontrá-lo numa vitrine.
Porque se metem a tentar definir o Amor? Acredito que cada um tem sua própria forma de amor. E como já diziam, toda maneira de amor vale à pena. Não dá pra descrever o amor do mesmo modo que se descreve um produto, ou uma pessoa. Principalmente, por que  a face do amor muda conforme a face do ser amado, se é que vocês me entendem. O amor é flexível e maleável. O amor, posto que é chama, é volátil. O amor é diferente para cada um de nós.

Pessoalmente, conheço o amor por uma simples escolha, e não um graaaande acontecimento. O amor, conheço por chance, sem cartas marcadas. Um jogo de azar. Um amor que faz o possível com nossas escolhas e tenta concertar os nossos erros.  Amor que foge a regras e a regulamentos, que não existe em dicionários. O amor que acha lindo quando o ser amado ronca no travesseiro ao lado. Que não liga quando ele faz barulho pra tomar sopa. Um amor que faz brilhar os olhos, saltar o coração e tremer as pernas. Amor que faz sentir calor no inverno. E no calor, mais calor ainda.

Ah, o amor...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sinta-se à vontade pra se intrometer no assunto! :)