quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Felicidade Clandestina

Saí da faculdade cedo. Mais cedo do que o cedo de costume. O ônibus demorou muito. Mais do que a demora de costume. Mas tudo bem, essa rotina é novidade e nada é costume ainda.
Pulamos do ônibus no cruzamento da Fradique com a Teodoro Sampaio, eu e Lia, somente há alguns passos do apartamento. Alguns passos esses que incluiam uma padaria, algumas lojas e um sebo. Depois do almoço e de afazeres domésticos, tais quais supervisionar a montagem da cama da Lia, decidimos voltar ao sebo. E foi assim, num sebo antigo, entre livros velhos amontoados pelos cantos, ouvindo músicas mais velhas ainda e discutindo um pouco de filosofia, que Lia e eu passamos uma tarde deliciosa na cidade, achando tudo aquilo o máximo.
Enquanto olhávamos embasbacadas para o céu cinzento de São Paulo, percebemos o quanto estávamos felizes por simplesmente estar ali. Uma na companhia da outra. Por conta própria. Com anos pela frente e a cidade inteira sob os pés.Sentadas na padaria da esquina, comendo um pão com manteiga na chapa e tomando café-com-leite em copo de vidro. Esse, hoje, é o gosto da independência. Demos risadas e fizemos planos para o futuro. Nosso futuro, que está apenas começando.


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